MISTÉRIOS DA SERRA DE SINTRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tal como a Serra da Arrábida, a serra de Sintra é oca no seu interior, formada por vários túneis e grandes galerias, construídos ao que se diz pelos Mouros e pelos Templários há cerca de oito séculos.

Com efeito, quando D. Afonso Henriques tomou o Castelo dos Mouros situado no alto da serra próximo do Palácio da Pena ou do Graal, quando ali chegou já não se encontrava nenhum mouro pois todos se tinham evadido por uma passagem secreta na serra que vai dar a um de muitos lugares no sopé e outros que se estendem por vários kilómetros até ao mar.

 «Tudo isto, aqui por baixo, tem subterrâneos. Um deles vai ligar ao Convento dos Capuchos, que fica a oito quilómetros daqui, e um outro desemboca perto da povoação de Rio de Mouro, mesmo junto ao ribeiro que passa naquela povoação», garante Abilio Duarte, guarda reformado em regime de voluntariado no Castelo quando interrogado a este respeito.  

 

Outras galerias descem pelo interior da montanha até ao Palácio da Vila de arquitectura moderna mas enigmática, tal como o Palácio da Pena no alto da serra, construido entre os séculos XIV - XV.

Também a “Quinta da Torre”, mais conhecica por Qtª da Regaleira, próximo do Palácio dos Seteais, é outro local onde existem passagens subterrâneas que formam uma rede de túneis antigos, surgindo numa das grutas  postas a descoberto  uma  imagem de pedra cor-de-rosa de um ser com aspecto feminino pisando um animal parecido com o mitológico dragão, só que exibindo certas formas humanas.

Ainda na Quinta da Regaleira existe um "poço iniciático" com 30 metros de profundidade e 6 de largura com uma escada em caracol com 139 degraus apoiada em colunas.  No fundo depara-se com mais passagens subterrâneas reforçando a ideia de que tanto buraco não teria sido aberto por acaso, alguns levando à Montanha da Lua que também liga à Serra de Montejunto a cerca de cinquenta quilómetros a Nordeste da Serra de Sintra.  Curiosamente se diz o mesmo da Serra da Arrábida ligada interiormente à Serra de Sintra que dista a 50 Km mais ou menos.

De resto, os seus habitantes  garantem que... «A terra e o mar interpenetram-se. De uma ponta à outra, da serra de Sintra à serra de Montejunto, a montanha está rota por baixo e o mar chega a entrar por ela dentro».  (in livro "O Concelho de Alenquer")

Dizem alguns teosofistas e ocultistas que a Montanha Sagrada pode ser uma das Cem Portas que dá acesso ao mítico Reino de Agharta no interior da Terra onde reside o “Rei do Mundo”.

Helena P. Blavatsky, fundadora da Sociedade de Teosofia, falou desse país subterrâneo em 1888 na sua obra "A Doutrina Secreta", mas foi alguns anos antes que a lenda ou história verídica de Agharta teve a sua maior divulgação junto do público com as obras insólitas de Saint-Yves d´Alveydre.

O Reino de Agharta seria, então, uma cidade subterrânea e iniciática onde viveriam milhões de pessoas, talvez a equivalência do “Reino do Prestes João” da História de Portugal.

O Presidente da Comunidade Teúrgica Portuguesa (dr. Vitor Adrião), conhecido investigador que desde há muitos anos se vem dedicando a estes estudos, afirma que:   

 

“O Castelo dos Mouros, localizado no cimo da Montanha da Lua, tem sido assinalado, ao longo dos tempos, como uma das entradas para o lendário Reino de Agharta. Também foi local de existência de uma inscrição profética, que se encontrava à entrada do referido Castelo mas mandada retirar por D. João II. Este rei, a quem grande número de ocultistas e investigadores atribui a paralisação do projecto universalista português, quando transformou a Ordem de Cristo numa ordem de clausura, pouco ganhou com a iniciativa já que o texto da inscrição premonitória ficou registado na Crónica de El-Rei D. Manuel, achando-se igualmente assinalado na página 201 do livro Cintra Pitoresca, de autor anónimo de 1838, mas que hoje se sabe ser o Visconde de Juromenha”.

A Serra Sagrada de Sintra parece pois estar ligada internamente ao "Paraíso Perdido" de Agharta, tão conhecido pelos monges budistas (indianos e tibetanos), sendo facto que muitos outros religiosos orientais estão a deixar o Oriente para se fixarem na Europa, incluindo Portugal.

Outra foi a descoberta na Serra de Sintra, de duas lápides importantes escritas em sânscrito (idioma nunca falado na Europa), trazidas de Somnath-Patane pelo Vice-Rei da Índia D. João de Castro, contando a história da união do Oriente com o Ocidente.

Também existe uma profecia lapidar da Serra de Sintra que diz: em Portugal se nasce por 'castigo' ou por Missão”...

Talvez, pois, não seja em vão tudo quanto se escreveu e disse sobre o “V Império”, tendo como “Capital Espiritual” Portugal ligada ao Brasil, no Mundo futuro, numa Nova Era Universal.

 

Fica aqui mais esta dissertação,

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

 

Voltar