O SACRIFÍCIO DE ANIMAIS
Um dia estava falando com alguém, com quem tive a oportunidade de dizer
o que penso sobre o morticínio de animais todos os dias para a nossa errada forma de
alimentação e essa pessoa tentou
justificar que já no tempo de Jesus Cristo e antes disso se matavam
animais para comer e também se ofereciam em holocaustos a Deus como se ele fosse um carniceiro
apreciador de cadáveres incinerados com cheiro de carne e sangue subindo até às suas ‘narinas’. Há mesmo os que fazendo leituras bíblicas nas suas narrações dão suas próprias interpretações, e muitos dizem que “Deus exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse receber perdão dos seus pecados”, referindo-se ao Levítico 4:35 e outros versículos que no meu entender são autênticos disparates que induziram em erro as multidões ligadas às religiões que mantêm ainda viva hoje uma cultura de morte e sangue inocente derramado injustamente. E tudo isso se junta à carnificina diária de milhões de seres da Criação que são abatidos, desventrados e esquartejados para consumo humano cuja alimentação degenerou há muito de seus verdadeiros princípios e para isso contribuiram as duas grandes religiões do Mundo, a cristã e muçulmana, que sacrificam ainda hoje, em datas festivas (páscoa, natal, etc.), tantos animais como já o faziam em tempos ancestrais. A verdade porém é que nem Jesus Cristo nem Maomé mandou fazer isto, antes pelo contrário: “Vim para abolir as festas sangrentas e os sacrifícios, e se não cessais de sacrificar e comer carne e sangue dos animais, a ira de Deus não terminará de persegui-los, como também perseguiu a vossos antepassados no deserto, que se dedicaram a comer carne e que foram eliminados por epidemias e pestes...” (Isto está escrito no capitulo 21 do “Evangelho dos Doze Santos”, um dos Manuscritos encontrados nas cavernas de Qumram junto ao Mar Morto). E Maomé também teria dito: “Aquele que tem piedade (até) para com um pardal e poupa sua vida, Alá ser-lhe-á misericordioso no dia do julgamento ... Uma boa acção feita a um animal é tão meritória quanto uma boa acção feita a um ser humano, enquanto um acto de crueldade a um animal é tão ruim quanto um acto de crueldade para um ser humano”. De resto, "a mutilação ou interferência no corpo de um animal vivo que lhe cause dor ou deformação contraria os princípios islâmicos", diz o imã Al-Hafiz Basheer Ahmad Masri. Por isso não entendo a "Festa do Sacrifício" ou da 'Transliteração (o Eid al Adha) da tradição muçulmana que ocorre 70 dias após o Ramadão e consiste em matar inúmeros animais em memória de Abrão numa carnificina que Deus abomina em qualquer religião. Tanto mais que um dos seus Mandamentos é "NÃO MATARÁS!", pelo que não se compreende a contradição:
Por fim, é pela voz do Profeta Isaias, que Deus diz: “De que me serve a multidão de vossos sacrifícios? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isso (tais sacrifícios) de vossas mãos e viésseis pisar meus átrios?”
...“Quando
estendeis as vossas mãos, escondo de vós meus olhos: sim, quando
multiplicais as vossas orações (tantas vezes vãs repetições) não
as ouço porque as vossas mãos estão cheias de sangue...
“Lavai-vos,
purificai-vos, tirai a maldade dos vossos actos, cessai de fazer o mal :
Aprendei a fazer bem, praticai o que é recto...”
E
Fica aqui esta dissertação, Pausa
para reflexão! Rui M. Palmela Ver página: A RAZÃO DE NÃO SE COMER CARNE
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