QUANDO ERAMOS SOIS...

       

Quando eramos sóis...

Calor, vibrantes cores, energia

Movimentos de brilho e magia

Radiantes estrelas, faróis, alquimia

Quando eramos essência principal

Fulcros de um centro primordial

Profusão incandescente e explosão

Em chama ardente...

Astro celeste, nebulosa, galáxia

Princípio e Fim duma Luz fantástica

E éramos Universo, vácuo, dimensão

Pó divino em gravitação

Planeta em Constelação

Eternidade de vento e de fogo

E Liberdade

Agora homens...

Divididos, esquecidos do Todo

Endurecidos, matéria, lama e lodo

Dizem-nos espírito, alma e coração

Dizem-nos em guerra ou em oração

Dizem-nos Reis, Sábios, Profetas, Plebeus

Dizem-nos Escuridão

Mas com que forma, estrada, caminho

Com que aparo de solidão

Desenhamos destino p'la nossa mão?

Porque vivemos, morremos e onde vamos...

Nós, Deuses em forma de seres humanos?

Como bebemos o ódio, raiva, inveja, rancor

E apagámos em nós os raios do Amor?

 

  (Poema da Ana Paula Pinto)

 

 

 DO CENTRO DA TERRA... 

 

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