A LEI DO RENASCIMENTO

 

 

A crença na Reencarnação era muito comum no tempo de Jesus Cristo e ele próprio mostrava ter profundo conhecimento a esse respeito tal como os primeiros cristãos, mas foi a Igreja Católica que suprimiu essa crença no ano 553 d.C. no Concílio de Constantinopla por ordem do imperador Justiniano  que atendeu a um pedido pessoal de sua mulher Teodora cuja história só poucos conhecem.  

 

Na verdade,  já Jesus Cristo se referia à Lei do Renascimento quando dizia a Nicodemus que teria de "nascer de novo" (da água e do espírito) para entrar no Reino dos Céus, mas o Ancião de Israel não o compreendeu e até perguntou se teria de voltar ao ventre de sua mãe para voltar a nascer quando o processo seria outro, ou seja reencarnar ou adquirir um novo corpo numa nova vida para evoluir e se aperfeiçoar numa outra existência.  A 'água' nesse processo do novo nascimento é a da placenta e não do baptismo das religiões e o 'espírito' é a força anímica que dá a vida e faz pulsar os corações.   Portanto,  “nascer de novo” não tem a ver somente com aceitação consciente de um compromisso religioso assumido pelas águas do Baptismo desta ou daquela Religião mas sim tem a ver acima de tudo com a questão da Reencarnação.

 

Doutro modo, já existem provas cientificas suficientes a este respeito, factos e testemunhos publicados em diversas obras sobre o assunto, especialmente a “Twenty Suggestive Cases Of Reincarnation" do  Dr. Ian Stevenson da Universidade da Virginia dos EUA que comprovam aquilo que já é conhecido desde há milénios no Mundo Oriental e faz parte da cultura dos povos hindus, tibetanos, etc.  embora muitos já estejam perdendo esse conhecimento ancestral  pela cultura do materialismo do século actual.

Stevenson estudou mais de 3.000 casos e publicou mais de 200 artigos para as comunidades cientifica e acadêmica apresentando factos de crianças que se lembravam de suas experiências de vidas passadas sem o auxilio de hipnose, falando de lugares onde viveram e da forma como morreram, inclusive referindo nomes de familias a que pertenceram, permitindo a ele investigar e reunir vários testemunhos, bem como  registros médicos contendo informação a respeito de sinais de nascença, defeitos de nascimento e outras evidências físicas de reencarnação.

Por fim,  a verdadeira razão da descrença na Reencarnação dentro da grande Religião do Mundo Ocidental, se deveu ao facto do Imperador Justiniano (um déspota) ter atendido a um pedido de sua mulher (a imperatriz Teodora) que era uma cortesã ambiciosa, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio por quem ele se apaixonou e rapidamente ela ascendeu ao império. Como tinha um passado de que se envergonhava e receando ser descoberta por quem seguia os Ensinamentos de Orígenes que ministrava a doutrina da Reencarnação e das almas endividadas que pagam sempre neste mundo os débitos kármicos de vidas passadas,  ela empenhou-se em eliminar tal doutrina porque seria responsável, ao que se diz, pela morte de 500  mulheres suas colegas que bem a conheciam e desse modo julgava que ficaria livre ou impune por decreto do Imperador.

 

 

Esta Imperatriz, Teodora, é hoje vista como uma 'santa' da Igreja Ortodoxa apesar de haver os piores relatos a seu respeito feitos por Procópio de Cesareia (um historiador da época) que a considerava uma mulher  perversa e insaciável, dotada de uma atitude maligna, calculista e insidiosa. Ele chegou mesmo a alegar que ambos (Justiniano e Teodora) eram 'demônios' cujas cabeças foram vistas deixando os corpos para perambular pelo palácio à noite.  

Enfim, verdade ou não, o facto é que foi esta mulher que levou  à supressão da crença na Reencarnação na Igreja do século I d.C. que se instituiu até hoje apesar  da oposição do Papa Virgilio que discordou e não participou no Concílio, tendo sido por isso ficado prisioneiro durante 8 anos por ordem do Imperador Justiniano. Será que o clero católico e todos os 'fiéis' da Igreja na Actualidade sabem isto?

Na verdade “a proibição da Doutrina da Reencarnação foi um erro histórico, sem qualquer validade eclesiástica", sendo por isso o  "elo perdido do Cristianismo”, dizem vários estudiosos sobre o assunto.

Por isso, devia ser recuperada a doutrina de Orígenes, grande exegeta e Teólogo da Igreja Antiga, profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e estudioso da Filosofia Grega, que já pensava nessa altura que certas passagens do Novo Testamento só poderiam ser explicadas à luz da Reencarnação, deixando isso bem claro em suas obras “De Principiis e Contra Celsum”.

Efetivamente, é pelo conhecimento da “Palingenética” (a Reencarnação - conhecida por Sócrates e Platão) que se pode afastar todos os maus juizos que muita gente faz ainda sobre Deus, questionando mesmo a sua existência por causa dos próprios males que há na Terra onde existem tantas guerras, fome, miséria, injustiças, desigualdades sociais, desgraças, sofrimentos, etc.  

Tudo  ficaria mais claro se as pessoas conhecessem as  leis de Causa e Efeito que regem os destinos da Humanidade  fazendo recair sobre os humanos aquilo que semeiam criando sua própria realidade, sendo certo que “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória” e “a colheita é conforme a semeadura” ao longo dos tempos da nossa História. Por isso existe hoje um saldo bastante negativo na nossa Sociedade que já está passando por dias de atribulação e isso se deve a um karma coletivo que se tem acumulado de geração em geração.  

Por isso milhões de almas têm reencarnado  neste Planeta  (as mesmas de outras vidas) que precisam evoluir ainda em sua condição humana e se  libertar da 'Roda' dos Renascimentos para entrar noutros Mundos e  prosseguir seu caminho juntando-se a outras luzes no seio da Imensidão.  Na verdade "aquele que não nascer (de novo) da água e do espirito (matéria-placenta; pneuma-anima) não pode ver (ou entrar) no Reino de Deus"...

Pausa para reflexão!

Rui M. Palmela                    

 

 

UMA HISTÓRIA REAL DE REENCARNAÇÃO

 

 

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