A
CASA DOS MIL
ESPELHOS
Conta-se numa
história que um
caozinho
abandonado
vagueou sem
destino por
muitos
kilómetros até
encontrar uma
casa no meio do
campo onde
entrou para
descansar.
No
interior viu uma
porta
entre-aberta que
dava acesso a um
pequeno quarto
onde viu muitos
outros cães
quietos a olhar
para ele.
Surpreendido com
o sucedido,
espetou logo as
orelhas
mostrando um ar
agradável e,
abanando a cauda
em sinal de
cumprimento, viu
todos fazerem o
mesmo para ele.
Satisfeito com o
que viu, e vendo
que aquele
espaço já
estava ocupado,
o caozinho deu
meia volta e
foi-se embora,
dizendo lá para
consigo: “Mas
que lugar tão
agradável este,
hei-de voltar
aqui mais vezes
para
cumprimentar os
meus amigos”!
De
seguida veio um
outro que por
ali
passava e
entrou na mesma
casa, entrou no
mesmo quarto e
deparou-se com o
mesmo cenário.
Porém, ao ver
ali outros cães
como ele, olhou
desconfiado e,
num ar
agressivo,
levantou o pêlo
e rosnou. Todos
fizeram a mesma
coisa e o
vira-latas saiu
dali correndo,
assustado,
dizendo lá para
consigo: “Livra,
mas que lugar
tão horrivel
este! Nunca mais
volto aqui!”
A alguns
metros daquela
casa havia uma
placa que dizia:
“A casa dos
mil espelhos”...
*
* * * *
Moral
da História:
A
personalidade humana reflecte sempre sobre si tudo aquilo que
projecta sobre os outros. Por isso Jesus dizia “faz como
queres que te façam”, pelo que não devemos fazer o que
não desejamos que nos façam. As nossas relações com os
nossos semelhantes, sejam os mais próximos ou os mais
distantes, devem ser sempre na base da franqueza, da
sinceridade e da honestidade e sobretudo sermos íntegros e
verdadeiros quando vivemos em Sociedade. Muitas coisas
desagradáveis que sucedem na nossa vida somos nós próprios
que originamos e depois nos lamentamos por tudo o que nos
corre mal. Na verdade o mundo é o espelho do que somos
e fazemos no dia a dia, e veremos sempre o reflexo disso
em
nossas vidas que devemos saber viver com mais sabedoria.
Rui
M. Palmela
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